preciso sair.
Procuro cigarros.
É noite de agito no Jaragua. Mas tudo ta quase morto.
Sem querer encontrar.
Ele se aproxima. Acanhado, se apresenta.
Eu, nem tanto, também me apresento.
Ele diz que nunca saiu com um cara.
Eu digo - tá!
Sem querer acreditar ou não acreditar, mas descrendo.
Ele vem. Ele é otimo. Ele diz que foi gostoso.
Eu beijo sua face.
Ele não gosta de ser beijado - tudo tem hora.
Podiamos ser mais carinhosos.
Ele prefere não tirar fotos.
Eu não sei se suporto.
Estou só.

diálogos no impossível

diálogos no impossível

(qualquer coincidencia é mera semelhança)

oi.

oi.

quan to tempo.....

desculpa??

não se lembra, meu amor.

amor!!!?

TEU amor.

cara de como? onde? quando?

quem?!!!

é..., quem ??

um silencio,

um tempo.

...

oi.este ônibus vai pro j(SOM DE ONIBUS???)

Não sei – (TO NEM Aí!)

...

...

sabe de alguém que sabe??

...

(pode ser um diálogo com imagens da tv)

Um tempo,

um mês.

ele está de volta.

ele sorri.

ele teve saudades.

ele nem sabia que sentiria tanta saudade.

ele ama.

ele ama.

..

o inicio do trabalho é a leitura do livro do Caio Fernando abreu, que alias eu perdi, e que é
do Carlos, o conto OS DRAGÕES NÃO CONHECEM O PARAÍSO.

corpoacorpo.